A reviravolta nas negociações
Nos últimos cinco meses, Sainz, que foi dispensado pela Ferrari para dar lugar a Lewis Hamilton em 2025, esteve em intensas negociações com várias equipes. Ele esperava uma movimentação de Max Verstappen, que não aconteceu, e a demissão de Sergio Perez, que foi confirmada. Toto Wolff, chefe da Mercedes, escolheu o jovem Andrea Kimi Antonelli. Entre as opções restantes, Sauber e Williams, Sainz parecia inclinado a escolher a equipe britânica. No entanto, a entrada de Flavio Briatore, como novo super consultor da Alpine, mudou tudo.
O projeto da Alpine
Flavio Briatore, conhecido por seu talento para identificar grandes pilotos, apresentou a Sainz um plano convincente para a Alpine. Este plano inclui a centralização dos recursos na sede de Enstone, onde são desenvolvidos o chassi e a aerodinâmica dos carros, e a mudança para motores Mercedes a partir de 2026. Essa mudança técnica, já aprovada pelo presidente Luca De Meo, promete tornar Sainz uma peça central na equipe, algo que ele considera merecer devido às suas vitórias na F1.
Aspectos financeiros e parcerias
O aspecto econômico não foi determinante nas negociações com Sainz. Se fosse apenas por dinheiro, ele teria aceitado a oferta da Sauber, que ofereceu um contrato de três anos por um valor superior ao que ele recebe atualmente na Ferrari, cerca de 12 milhões de euros por temporada. Na Williams, Sainz poderia contar com unidades de potência da Mercedes, com uma possível liberação para a Red Bull em dois anos. O fator decisivo foi Briatore e as garantias técnicas oferecidas.
O impacto no mercado
A chegada de Sainz à Alpine causa um efeito dominó no mercado. Na Williams, Valtteri Bottas pode retornar, apoiado por Toto Wolff, que o colocou na F1 em 2013. Esteban Ocon, que está de saída da Alpine, deve ir para a Haas, que recentemente contratou Oliver Bearman, da Academia Ferrari. A Sauber, por sua vez, assinou com Nico Hulkenberg e está à procura de um "piloto de ponta" para a entrada da Audi na F1 em 2026.
