O assunto veio à tona antes do Grande Prêmio dos Estados Unidos, quando surgiu a sugestão de que uma equipe estaria ajustando a altura do carro entre a classificação e a corrida com o auxílio de um dispositivo específico. A Red Bull admitiu possuir um sistema para alterar a altura do babador dianteiro, mas ressaltou que ele não poderia ser ativado após o carro ser montado.
Reações entre os rivais da Red Bull
Essa admissão gerou reações mistas entre as outras equipes. Lewis Hamilton elogiou a Red Bull por sua capacidade de inovação, enquanto Oscar Piastri foi mais direto, afirmando que, se o dispositivo foi utilizado, isso quebraria as regras claramente. Já Max Verstappen disse estar surpreso ao descobrir que o caso envolvia sua equipe, enquanto Perez também garantiu que o dispositivo não foi utilizado.
Perez apoia Verstappen e reforça que não houve uso do dispositivo
Em suas declarações, Perez reforçou que o dispositivo não foi tema de discussão dentro da equipe. "Não tem nada que estávamos fazendo com isso. Na verdade, nunca falamos sobre isso", comentou o mexicano antes da corrida no Circuito das Américas. Ele também relembrou um episódio anterior no qual as preocupações com a altura do carro foram destaque: "Era impossível. Se algo, me lembro de que, no ano passado, durante o evento Sprint aqui, tivemos problemas com a altura do carro. Estávamos muito fora do ajuste ideal, porque estávamos preocupados que algo semelhante ao que aconteceu com a Mercedes, como a desclassificação do Hamilton, pudesse nos acontecer", disse Perez, referindo-se à punição recebida por Lewis Hamilton devido ao desgaste excessivo da prancha.
Perez enfatizou que o dispositivo não trouxe impacto no desempenho da Red Bull: "Não, zero", afirmou categoricamente. O piloto também afirmou estar ciente da existência do dispositivo, mas garantiu que ele não estava disponível para a equipe. Verstappen também confirmou que o equipamento não foi discutido nos briefings da Red Bull.
A luta por regulamentos claros na F1
Segundo Perez, a polêmica faz parte da constante batalha na Fórmula 1, com as equipes sempre de olho nos movimentos umas das outras. "Acho que é responsabilidade da FIA decidir se algo é legal ou não. São eles que controlam o esporte, então, no fim das contas, cabe a eles decidir", explicou. "Todas as equipes ficam monitorando o que as outras estão fazendo, às vezes até mais do que a FIA monitora os carros. É uma luta bem intensa", concluiu o piloto mexicano.