Recentemente, houve aumento nas sanções aplicadas a pilotos por linguagem considerada inapropriada, como no caso de Max Verstappen, punido com trabalho comunitário após usar xingamentos em entrevista, e de Charles Leclerc, multado em € 10.000 por uma infração semelhante.
Os pilotos ressaltaram que as punições financeiras devem ter maior transparência, pedindo que a FIA revele onde e como o dinheiro das multas é alocado. A GPDA defendeu que, como adultos e profissionais, os pilotos não precisam ser instruídos sobre aspectos “triviais” como o uso de joias e peças de vestuário íntimo.
A GPDA finalizou reiterando sua disposição para trabalhar em conjunto com a FIA, Fórmula 1 e equipes para o desenvolvimento do esporte, reforçando a importância de um diálogo aberto e uma comunicação mais equilibrada por parte da entidade reguladora.
Declaração GPDA na íntegra
Como é o caso de todos os esportes, os competidores devem acatar a decisão do árbitro, gostem ou não, na verdade, concordem ou não. É assim que o esporte funciona. Os Drivers (nossos membros) não são diferentes e entendem isso perfeitamente.
Nossos membros são pilotos profissionais, correndo na Fórmula 1, o auge do automobilismo internacional. Eles são os gladiadores e todo fim de semana de corrida eles dão um grande show para os fãs.
No que diz respeito aos palavrões, há uma diferença entre palavrões destinados a insultar os outros e palavrões mais casuais, como você pode usar para descrever o mau tempo, ou mesmo um objeto inanimado, como um carro de Fórmula 1, ou uma situação de direção.
Pedimos ao presidente da FIA que também considere seu próprio tom e linguagem ao falar com nossos pilotos membros, ou mesmo sobre eles, seja em um fórum público ou de outra forma. Além disso, nossos membros são adultos, não precisam receber instruções da mídia sobre assuntos tão triviais quanto o uso de joias e cuecas.
A GPDA, em inúmeras ocasiões, expressou sua opinião de que as multas monetárias dos pilotos não são apropriadas para o nosso esporte. Nos últimos 3 anos, pedimos ao presidente da FIA que compartilhasse os detalhes e a estratégia sobre como as multas financeiras da FIA são alocadas e onde os fundos são gastos. Também transmitimos nossas preocupações sobre a imagem negativa que as multas financeiras trazem ao esporte. Mais uma vez, solicitamos que o presidente da FIA forneça transparência financeira e diálogo direto e aberto conosco. Todas as partes interessadas (FIA, F1, equipes e GPDA) devem determinar em conjunto como e onde o dinheiro é gasto em benefício do nosso esporte.
A GPDA deseja colaborar de forma construtiva com todas as partes interessadas, incluindo o presidente da FIA, a fim de promover nosso grande esporte para o benefício de todos que trabalham nele, pagam por ele, assistem e realmente o amam. Estamos fazendo nossa parte.