A penalidade aplicada a Bearman incluiu, além dos 10 segundos, dois pontos de penalidade em sua superlicença, já que os comissários consideraram que ele foi "totalmente" responsável pelo incidente. No entanto, Bearman expressou sua insatisfação com a decisão, afirmando: "Eu bati nele, mas quase não o toquei e nada aconteceu com ele", disse ele aos jornalistas. "Perdi 10 segundos [com o giro] e depois recebi uma penalidade de 10 segundos por perder 10 segundos, então foi muito duro."
Bearman destacou que a experiência de competir diretamente com outros carros foi mais proveitosa do que uma sessão de testes, além de permitir que ele conhecesse melhor a desafiadora pista de Interlagos. “As condições eram difíceis, mas eu definitivamente aprendi muito.”
A trajetória de Bearman até o momento na F1
A corrida em São Paulo foi a primeira de Bearman na Fórmula 1 em que ele não pontuou, diferente das suas participações anteriores: ele conquistou o sétimo lugar na estreia pela Ferrari na Arábia Saudita e terminou em décimo no Azerbaijão, correndo pela Haas. Durante o fim de semana em São Paulo, Bearman passou por dificuldades, inclusive com uma saída de pista na curva Junção, que o levou a tocar a barreira e trocar a asa dianteira.
Apesar das dificuldades, ele conseguiu finalizar a corrida em 12º lugar, ficando a apenas sete segundos de Lewis Hamilton, que terminou em décimo. Caso não tivesse sido penalizado, Bearman teria garantido o nono lugar, à frente do piloto da RB, Liam Lawson.
Bearman reconheceu os próprios erros, mas acredita que seu desempenho geral merece reconhecimento. "Não fiz uma boa corrida, cometi muitos erros, mas se você olhar para o grid, sou uma das únicas pessoas a terminar", comentou. "Para ser o melhor, eu precisava ficar no caminho certo para marcar pontos, mas, infelizmente, não fiz isso, cometi alguns erros."
Ele concluiu com uma análise sincera sobre o fim de semana: "Definitivamente, foram condições difíceis, mas eu ainda não era bom o suficiente."