Protestos internos e impactos na marca
A decisão da Alpine causou desconforto entre os trabalhadores da Renault, especialmente na fábrica de Viry-Châtillon. Durante o GP da Itália deste ano, funcionários protestaram contra a mudança, expressando preocupação com o impacto na reputação da marca.
Mesmo diante dessas reações, Ralf Schumacher acredita que a escolha da Alpine é sensata. Em entrevista ao Formel1.de, o analista alemão afirmou:
“Acho que é a decisão certa. Considerando que a Renault/Alpine teria que gastar muito dinheiro novamente para desenvolver um motor. Baterias e eletrônicos estão ficando mais complicados novamente [a partir de 26]. Pelo que ouvimos, a fábrica está muito desatualizada e precisaria investir muito dinheiro, o que não existe.”
As unidades de potência da Renault enfrentam críticas por serem consideradas as menos competitivas na Fórmula 1 atual. Além disso, a marca não fornece motores para outras equipes, o que agrava a situação financeira do projeto. Flavio Briatore, consultor executivo da Alpine, desempenhou um papel importante nessa transição.
Briatore e o CEO Luca de Meo optaram pela parceria com a Mercedes, reconhecida como a fornecedora de um dos melhores motores da categoria. Schumacher reforçou a lógica dessa escolha:
“Acho que faz mais sentido comprar um motor que aparentemente é o melhor no momento. [...] Porque no final, como você vê agora com a Aston Martin, é sobre o carro. E a Renault não tem mais motores fortes. É assim que você tem que olhar para isso. Acho que é uma decisão inteligente de Flavio [Briatore] escolher um parceiro como a Mercedes.”
A transição da Aston Martin para a Honda em 2026 abriu espaço para a Alpine garantir seu lugar como cliente da Mercedes, fortalecendo sua estratégia para as próximas temporadas.