Relembrando o caso
Em entrevista ao The Guardian, Wolff desabafou sobre o impacto da situação:
"Eu posso aguentar muita coisa. Estou acostumado com isso. Mas se sua esposa está sendo arrastada para um conflito com o qual ela não tem nada a ver, e sua reputação é imaculada, é aí que a diversão para", afirmou o chefe da Mercedes.
Segundo Wolff, a maioria dos chefes de equipe, liderados por Fred Vasseur, da Ferrari, apoiaram o casal: “Eles estavam todos prontos, exceto para Christian, assinar um documento em nosso apoio.”
Wolff sugeriu que Horner evitou apoiar o casal de maneira direta. “Pelo que entendi, ele disse: 'Estou tendo minha própria entrevista com a Sky e vou dizer que não faço parte dela. Eu não estou assinando o documento.' As outras nove equipes disseram: 'Tudo bem'. Mas, obviamente, ele foi avisado de que não ficaria ótimo e ele deveria fazer parte da declaração.”
Com o tempo, Horner acabou aderindo à declaração conjunta, mas não sem novos impasses. Wolff contou que o chefe da Red Bull tentou incluir um termo no documento para indicar que não houve reclamações oficiais à FIA. "Na segunda iteração, ele tentou colocar a palavra 'oficial' na declaração. Ele queria uma nota para dizer que ninguém [entre os chefes de equipe] reclamou oficialmente com a FIA. As outras equipes disseram: 'Tudo bem. Nós fazemos nossa declaração e você faz a sua'. No final, ele assinou."
A declaração assinada pelos chefes de equipe foi determinante para que a FIA encerrasse o caso.
Toto Wolff foi direto ao avaliar o comportamento de Horner: "Não. Eu não acho que você pode confiar no que ele diz. Acho que [Susie] foi um dano colateral e muito disso foi por desrespeito por suas conquistas como piloto feminina e como contribuinte para a mudança."
Wolff também destacou o impacto emocional do episódio: "Também estava tentando causar para mim, desrespeitando minha esposa, diminuindo a dolorosa jornada que ela passou para alcançar o que fez dentro e fora do carro."