No Grande Prêmio da Cidade do México, após terminar em terceiro lugar, Leclerc foi questionado sobre um momento em que perdeu o controle de seu carro durante a corrida. Em sua resposta, o monegasco deixou escapar a "palavra com F" e logo percebeu que poderia enfrentar problemas. Este deslize resultou em uma multa de € 10.000. A situação reacendeu o debate entre os pilotos sobre a rigidez da FIA quanto à linguagem utilizada.
Multas por palavrões geram críticas
O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, deixou claro que espera que os pilotos ajam como modelos e evitem o uso de palavrões. Porém, a postura da entidade não agradou aos competidores. Em um comunicado divulgado pela GPDA (Associação de Pilotos de Grande Prêmio), os pilotos demonstraram descontentamento, argumentando que não precisam de instruções sobre comportamento e criticando a linguagem usada pelo próprio Ben Sulayem.
Leclerc reforçou sua insatisfação ao jornal italiano La Repubblica, destacando a necessidade de critérios mais claros para as penalidades. "Somos razoáveis o suficiente para entender quando quebramos as regras. Na pista, é importante ter um comissário que julgue as situações de forma imparcial, mas ser multado por palavras que não machucam ninguém diretamente e podem ser ditas no calor do momento no carro é um absurdo", declarou.
Piloto cobra transparência
O piloto da Ferrari também cobrou mais transparência sobre o destino dos valores arrecadados com as multas. "Pedimos um pouco de bom senso e um pouco mais de transparência sobre o destino do dinheiro arrecadado com as multas: até agora não tivemos nenhuma resposta", explicou Leclerc.
A discussão sobre as penalidades da FIA segue ganhando força, com os pilotos exigindo mudanças e maior clareza nas decisões tomadas pela entidade que regula a Fórmula 1.