Antes do GP, a Pirelli já havia identificado que os pneus dianteiros esquerdos seriam submetidos a altas cargas no Circuito Internacional de Lusail, mas a situação se agravou devido a detritos na pista. Acredita-se que os restos de um espelho retrovisor atingido por Alex Albon tenham sido a causa principal. O detrito teria sido fragmentado após Valtteri Bottas passar por cima dele, espalhando pedaços cortantes.
Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli, comentou sobre o caso em um comunicado oficial. "Como esperado, este foi um fim de semana muito movimentado para nós. Na corrida de hoje, houve dois furos no pneu dianteiro esquerdo nos carros de Sainz e Hamilton", explicou Isola.
Ele detalhou que a empresa irá realizar uma análise minuciosa para entender o ocorrido. “De acordo com o procedimento, vamos agora analisar em detalhe os pneus danificados, bem como uma seleção de outros pneus. Junto com os dados de telemetria que adquirimos e as imagens a bordo dos carros, eles serão enviados para o nosso laboratório em Milão.”
O circuito catariano é conhecido por seu desgaste elevado nos pneus, algo que foi reforçado pela presença de detritos durante a prova. Isola destacou que a pressão extrema no pneu dianteiro esquerdo é característica da pista e não foi surpresa que os danos tenham ocorrido justamente nesta parte do carro.
"Esta pista coloca uma carga muito alta no pneu dianteiro esquerdo, e não é coincidência que ambos os furos tenham ocorrido nessa posição", explicou. "Quando você atinge um certo nível, mesmo pequenos fatores externos podem desencadear um problema."
A investigação promete esclarecer se houve falhas estruturais ou se o desgaste extremo aliado aos detritos foram os únicos responsáveis pelos incidentes.